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sexta-feira, 31 de março de 2017

Será que você ainda pensa em mim?

Será que você ainda pensa?

Compositor, cantor, letrista e poeta, nasceu em 4 de abril de 1958 no Rio de Janeiro. Foi vocalista e letrista da banda Barão Vermelho, fazendo uma parceria de sucesso com Roberto Frejat. Agenor de Miranda Araújo Neto, depois seguiu carreira solo, aclamado pela critica como um dos principais poetas da música Brasileira.
Rebelde, boêmio e polêmico, Cazuza se declarou homossexual em várias entrevistas, e 1989 tornou público que era soro positivo, portador do vírus HIV.

A revista Rolling Stones em 2008 fez uma lista dos Cem Maiores Artistas da Música Brasileira, e Cazuza ficou na 34ª posição.



Quase um segundo.
Cazuza

Eu queria ver no escuro do mundo
aonde está o que você quer
pra me transformar no que te agrada
no que me faça ver
quais são as cores e as coisas pra te prender
eu tive um sonho ruim e acordei chorando
por isso eu te liguei
será que você ainda pensa em mim
será que você ainda pensa

As vezes te odeio por quase um segundo
depois te amo mais
teus pelos teu gosto teu rosto tudo
tudo que não me deixa em paz
Quais são as cores e as coisas pra te prender
eu tive um sonho ruim e acordei chorando
por isso eu te liguei,
será que você ainda pensa em mim
será que você ainda pensa

quinta-feira, 12 de março de 2015

TODAS ELAS JUNTAS NUM SÓ SER

Lenine

Osvaldo Lenine Macedo Pimentel, nascido em 02 de fevereiro de 1959 em Recife, Pernambuco, é cantor, letrista, ator, músico, arranjador, escritor, compositor . .   mudou-se para o Rio de Janeiro, na decada de 70,  a primeira cantora de sucesso a gravar uma música sua foi Elba Ramalho, seguida de muitos outros entre eles: Rappa, Marai Rita, Maria Bethânia, Milton Nascimento, Fernanda Abreu,  . . .


Com seu album "Falange Canibal" ganhou o grammy latino de "Melhor álbum contemporâneo" e com a música: "Martelo bigorna".


"Todas Elas Juntas Num Só Ser"

Não canto mais Babete nem Domingas
Nem Xica nem Tereza, de Benjor;

Nem Drão nem Flora, do baiano Gil;
Nem Ana nem Luiza, do maior;

Já não homenageio Januária,

Joana, Ana, Bárbara, de Chico;

Nem Yoko, a nipônica de Lennon;
Nem a cabocla, de Tinoco e de Tonico;

Nem a tigreza nem a Vera gata
Nem a branquinha, de Caetano;
Nem mesmo a linda flor de Luiz Gonzaga,
Rosinha, do sertão pernambucano;
Nem Risoflora, a flor de Chico Science,
Nenhuma continua nos meus planos.
Nem Kátia Flávia, de Fausto Fawcett;

Nem Anna Júlia do Los Hermanos.

Só você,
Hoje eu canto só você;
Só você,
Que eu quero porque quero, por querer.

Não canto de Melô Pérola Negra;
De Brown e Hebert, uma brasileira;
De Ari, nem a baiana nem Maria,
Nem a Iaiá também, nem minha faceira;
De Dorival, nem Dora nem Marina
Nem a morena de Itapoã;
Divina garota de Ipanema,
Nem Iracema, de Adoniran.

De Jackson do Pandeiro, nem Cremilda;

De Michael Jackson, nem a Billie Jean;

De Jimi Hendrix, nem a doce Angel;
Nem Ângela nem Lígia, de Jobim;

Nem Lia, Lily Braun nem Beatriz,

Das doze deusas de Edu e Chico;
Até das trinta Leilas de Donato,
E de Layla, de Clapton, eu abdico.

Só você,
Canto e toco só você;
Só você,
Que nem você ninguém mais pode haver.

Nem a namoradinha de um amigo
E nem a amada amante de Roberto;
E nem Michelle-me-belle, do beattle Paul;
Nem Isabel - Bebel - de João Gilberto;

E nem B.B., la femme de Serge Gainsbourg;
Nem, de Totó, na malafemmená;
Nem a Iaiá de Zeca Pagodinho;
Nem a mulata mulatinha de Lalá;

E nem a carioca de Vinícius
E nem a tropicana de Alceu
E nem a escurinha de Geraldo
E nem a pastorinha de Noel
E nem a namorada de Carlinhos
E nem a superstar do Tremendão
E nem a malaguenha de Lecuona
E nem a popozuda do Tigrão

Só você,
Hoje elejo e elogio só você,
Só você,
Que nem você não há nem quem nem quê.

De Haroldo Lobo com Wilson Batista,
De Mário Lago e Ataulfo Alves,
Não canto nem Emília nem Amélia,
Nenhuma tem meus vivas! E meus salves!
E nem Angie, do stone Mick Jagger;
E nem Roxanne, de Sting, do Police;
E nem a mina do mamona Dinho
E nem as mina – pá! - do mano Xiz!

Loira de Hervê e loira do É O Tchan,
Lôra de Gabriel, o Pensador;
Laura de Mercer, Laura de Braguinha,
Laura de Daniel, o trovador;
Ana do Rei e Ana de Djavan,

Ana do outro rei, o do baião

Nenhuma delas hoje cantarei:
Só outra reina no meu coração.

Só você,
Rainha aqui é só você,
Só você,
A musa dentre as musas de A a Z.

Se um dia me surgisse uma moça
Dessas que com seus dotes e seus dons,
Inspira parte dos compositores
Na arte das palavras e dos sons,
Tal como Madallene, de Jacques Brel,
Ou como Madalena, de Martinho;
Ou Mabellene e a sixteen de Chuck Berry,
E a manequim do tímido Paulinho;

Ou como, de Caymmi, a moça prosa
E a musa inspiradora Doralice;
Se me surgisse uma moça dessas.
Confesso que eu talvez não resistisse;
Mas, veja bem, meu bem, minha querida;
Isso seria só por uma vez,
Uma vez só em toda a minha vida!
Ou talvez duas... mas não mais que três...

Só você...
Mais que tudo é só você;
Só você...
As coisas mais queridas você é:

Você pra mim é o sol da minha noite;
É como a rosa, luz de Pixinguinha;
É como a estrela pura aparecida,
A estrela a refulgir, do Poetinha;
Você, ó flor, é como a nuvem calma
No céu da alma de Luiz Vieira;
Você é como a luz do sol da vida
De Steve Wonder, ó minha parceira.

Você é pra mim e o meu amor,
Crescendo como mato em campos vastos,
Mais que a gatinha para Erasmo Carlos;
Mais que a cigana pra Ronaldo bastos;
Mais que a divina dama pra Cartola;
Que a domna pra Ventadorn, Bernart;
Que a honey baby pra Waly Salomão
E a funny valentine pra Lorenz Hart.

Só você,
Mais que tudo e todas, é só você;
Só você,
Que é todas elas juntas num só ser.

sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

O que é amar ?


 "Se perguntarem o que é amar, É só olhar, depois sorrir, depois gostar," A simplicidade para definir o que é amar chega a surpreender.

No Rio de Janeiro em 19 de maio de 1929, nascia Alfredo José da Silva, conhecido internacionalmente como Johnny Alf.   
 
O pseudônimo de Johnny Alf, foi sugestão de uma amiga americana, quando de sua apresentação no programa de jazz de Paulo Santos, na Radio MEC.

Com o grupo do Instituto Brasil-Estados Unidos fundou um clube para promoção e intercâmbio de musica brasileira e norte-americana, que realizava sessões semanais para analisar orquestrações, solos etc., alem de apresentar filmes, shows, concertos de jazz, entre outras atividades.
  

O que é amar

Autor: Johnny Alf
Disco; Olhos Negros
Ano: 1990

É só olhar, depois sorrir, depois gostar
Você olhou, você sorriu, me fez gostar
Quis controlar meu coração
Mas foi tão grande a emoção
De sua boca ouvi dizer "quero você"
Quis responder, quis lhe abraçar
Tudo falhou
Porém você me segurou e me beijou
Agora eu posso argumentar
Se perguntarem o que é amar
É só olhar, depois sorrir, depois gostar



quarta-feira, 21 de maio de 2014

Começar de novo

Ivan Lins

Filho do militar Geraldo Lins, foi muito influenciado por diversos gêneros musicais como jazz, bossa nova e soul1 e tem como principal instrumento o piano, que toca desde os 18 anos.Formou-se em [química industrial] no final dos anos 60, quando iniciou a carreira musical em festivais. A canção O Amor É O Meu País, erroneamente tachada de ufanista, foi classificada em segundo lugar consecutivo no V Festival Internacional da Canção. O primeiro sucesso como compositor foi com Madalena, gravada por Elis Regina.



Teve inúmeros sucessos como cantor como Abre Alas, Somos todos iguais nesta noite e Começar de novo - todas em parceria com Vítor Martins. Começar de novo foi gravada por Simone no mesmo ano em que foi composta. Na voz de Simone, Começar de novo foi tocada como tema oficial de abertura do seriado Malu Mulher, tonando-se um grande sucesso da época e um marco na história da MPB.


Ivan Lins por pouco não teve uma versão em inglês de sua canção "Novo Tempo" incluída no álbum Thriller de Michael Jackson. Durante visita ao Brasil em 1980, Quincy Jones ouviu a canção e pediu autorização para escrever uma versão que seria apresentada a Jackson. Lins não lhe deu resposta e "Novo Tempo" foi excluída da pré-seleção de faixas para o álbum.

(fonte Wikipedia)


Começar De Novo
Ivan Lins

Começar de novo e contar comigo
Vai valer a pena ter amanhecido
Ter me rebelado, ter me debatido
Ter me machucado, ter sobrevivido
Ter virado a mesa, ter me conhecido
Ter virado o barco, ter me socorrido

Começar de novo e contar comigo
Vai valer a pena ter amanhecido
Sem as tuas garras sempre tão seguras
Sem o teu fantasma, sem tua moldura
Sem tuas escoras, sem o teu domínio
Sem tuas esporas, sem o teu fascínio
Começar de novo e contar comigo
Vai valer a pena já ter te esquecido
Começar de novo

domingo, 26 de janeiro de 2014

Samba do Avião



Antonio Carlos Brasileiro de Almeida Jobim, ou apenas Tom Jobim, (Rio de Janeiro, 25/01/1927 – Nova Iorque, 08/12/1994) era compositor, maestro, pianista, cantor, arranjador e violonista, considerado por ninguém menos que a revista Rolling Stone, como o maior expoente da música brasileira de todos os tempos. Tom Jobim foi uma das principais figuras do movimento que criou a Bossa Nova.



Samba do Avião
TOM JOBIM

Eparrê
Aroeira beira de mar
Canôa Salve Deus e Tiago e Humaitá
Eta, costão de pedra dos home brabo do mar
Eh, Xangô, vê se me ajuda a chegar
Minha alma canta
Vejo o Rio de Janeiro
Estou morrendo de saudades
Rio, seu mar
Praia sem fim
Rio, você foi feito prá mim
Cristo Redentor
Braços abertos sobre a Guanabara
Este samba é só porque
Rio, eu gosto de você
A morena vai sambar
Seu corpo todo balançar
Rio de sol, de céu, de mar
Dentro de mais um minuto estaremos no Galeão
Copacabana, Copacabana
Cristo Redentor
Braços abertos sobre a Guanabara
Este samba é só porque
Rio, eu gosto de você
A morena vai sambar
Seu corpo todo balançar
Aperte o cinto, vamos chegar
Água brilhando, olha a pista chegando
E vamos nós
Pousar...

quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

O Bêbado e a Equilibrista


 

Aldir Blanc Mendes (Rio de Janeiro, 02/09/1946) é escritor e compositor, sendo parceiro de João Bosco em inúmeros sucessos como: Corsário, Ronco da Cuíca, Bala com Bala, Caça a Raposa, Latin Lover, O Bêbado e a Equilibrista, Falso Brilhante, De Frente para o Crime, Kid Cavaquinho, e muitos outros.
Em 2006 publicou “Rua dos Artistas Transversais” (Editora Agir), reunindo seus livros de cronicas “Rua dos Artistas e Arredores” (1978) e “Porta da Tinturaria” (1981), contendo ainda 14 crônicas escritas para a revista “Bundas” e para o “Jornal do Brasil”.

  Aldir Blanc

O Bêbado e a Equilibrista (João Bosco – Aldir Blanc)



Caía a tarde feito um viaduto
E um bêbado trajando luto me lembrou Carlitos
A lua tal qual a dona do bordel

Pedia a cada estrela fria um brilho de aluguel
E nuvens lá no mata-borrão do céu
Chupavam manchas torturadas, que sufoco louco
O bêbado com chapéu coco fazia irreverências mil
Prá noite do Brasil, meu Brasil
Que sonha com a volta do irmão do Henfil
Com tanta gente que partiu num rabo de foguete

Chora a nossa pátria mãe gentil
Choram marias e clarisses no solo do Brasil
Mas sei que uma dor assim pungente não há de ser inutilmente
A esperança dança na corda bamba de sombrinha
E em cada passo dessa linha pode se machucar
Ah, a esperança equilibrista
Sabe que o show de todo artista
tem que continuar




A Nível de


Nascido em uma famĩlia de musicos, filho de pai libanês, aos 12 anos João Bosco começou a tocar violão sendo influenciado pelo tropicalismo, jazz e bossa nova. Em 1967 conheceu Vinicius de Moraes e juntos fizeram Samba Pouso, O Mergulhador e Rosa dos Ventos.
Em 1970 conheceu aquele que viria a ser seu parceiro em centenas de musicas. Ao lado de Aldir Blanc compôs inumeros sucessos como: Corsário, Ronco da Cuíca, Bala com Bala, Caça a Raposa, Latin Lover, O Bêbado e a Equilibrista, Falso Brilhante, De Frente para o Crime, Kid Cavaquinho, e muitos outros.

 

João Bosco

A nível de 

(João Bosco – Aldir Blanc)

Vanderley e Odilon
são muito unidos
e vão pro Maracanã
todo domingo
criticando o casamento
e o papo mostra
que o casamento anda uma bosta...
Yolanda e Adelina
são muito unidas
e fazem companhia
todo domingo
que os maridos vão pro jogo.
Yolanda aposta
que assim a nível de Proposta
o casamento anda uma bosta
e a Adelina não discorda.
Estruturou-se um troca-troca
e os quatro: hum-hum... oqué... tá bom... é...
Só que Odilon, não pegando bem a coisa,
agarrou o Vanderley e a Yolanda ó na Adelina.
Vanderley e Odilon
bem mais unidos
empataram capital
e estão montando
restaurante natural
cuja proposta
é cada um come o eu gosta.
Yolanda e Adelina
bem mais unidas
acham viver um barato
e pra provar
tão fazendo artesanato
e pela amostra
Yolanda aposta na resposta.
E Adelina não discorda
que pinta e borda com o que gosta.
É positiva essa proposta
de quatro: hum-hum... oquéi... tá bom... é...
Só que Odilon
ensopapa o Vanderley com ciúme
e Adelina dá na cara de Yoyô...
Vanderley e Odilon
Yolanda e Adelina
cada um faz o que gosta
e o relacionamento... continua a mesma bosta